VÍDEO: 'temos um sistema ultrapassado no nosso trânsito', admite secretário

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário)

O investimento em um estudo de caso é um dos focos do trabalho do atual secretário de Mobilidade Urbana. Isso vale para sinalizações de trânsito em geral, bem como para os acidentes com mortes. Para o secretário, é fundamental saber quando, onde, o que antecedeu o fato.

- Herdamos dificuldades em relação ao número de agentes, de recursos, mas agora temos dados. específico. Algumas sinaleiras já têm o tempo calculado pela velocidade do passo de um idoso, por exemplo. Entendemos que o trânsito também é uma questão de saúde pública - esclarece Orion Ponsi.

Para essas e outras melhorias, o município passou adotar o Projeto Vida no Trânsito (PVT), uma iniciativa brasileira voltada para a vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito em resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito 2011 - 2020.

- Hoje, temos um sistema ultrapassado no nosso trânsito. Não tínhamos parâmetros estatísticos, o que é necessário para qualquer projeto. Não é simplesmente colocar uma sinaleira, uma placa. Há todo um sistema semafórico e é preciso sincronizar. Em uma via, um tempo (da sinaleira) depende e influencia no outro - explica Ponsi.

Atualmente, segundo o secretário, o orçamento anual da pasta é de 12 milhões.

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NÚMERO DE INFRAÇÕES CRESCE, MAS DE MORTES REDUZ EM SANTA MARIA

Na intitulada Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, os governos de todo o mundo se comprometem a tomar novas medidas para prevenir os acidentes no trânsito, que matam cerca de 1,25 milhão de pessoas por ano. Trata-se da nona causa de mortes em todo o planeta. A meta é reduzir a mortalidade em 50 %. Em Santa Maria, o secretário é enfático em justificar que, embora o número de infrações tenha crescido, o de mortes reduziu.

Dados de 2019 apontam quase o dobro de infrações em relação a 2018. São 24.653 neste ano e 12.930 no ano passado. Já a redução de mortes da última década caiu. Considerando somente a área urbana, a queda foi de 34%. Incluindo as vias estaduais e federais a redução foi de 48%, quase atingindo a meta da Década de Ação pela Segurança no Trânsito.

Contudo, são os atropelamentos que seguem sendo a causa dos acidentes fatais. Dos 26 mortes no trânsito na área urbana, nove foram atropelamentos, sendo cinco deles na BR-287 e três na Avenida Medianeira

- As infrações são o reflexo do trabalho dos agentes de trânsito. O que mais importa é a vida das pessoas - pontua Ponsi.

Acidentes fatais por natureza*